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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Rio de Janeiro inaugura primeira escola municipal dedicada à música350 alunos do ensino fundamental aprenderão a tocar instrumentos de percussão, cordas e de sopro, além de aulas de canto e irão participar de atividades de estímulo à criatividade e à improvisação


 

A primeira escola municipal dedicada à música foi inaugurada nesta quarta-feira (27/2), no bairro de Olaria, na zona norte carioca. No Ginásio Experimental do Samba Francisca Soares Fontoura de Oliveira, os 350 alunos do ensino fundamental aprenderão a tocar instrumentos de percussão, cordas e de sopro, além de aulas de canto e irão participar de atividades de estímulo à criatividade e à improvisação. Serão seis aulas musicais por semana.

O nome da escola homenageia uma das fundadoras do bloco Cacique de Ramos, tradicional no carnaval da cidade. A escola integra o grupo de 156 colégios participantes do Programa Turno Único, que prevê a implantação do ensino integral, com até oito horas de aulas por dia, na rede municipal.

Na solenidade, o prefeito Eduardo Paes lembrou que a meta do programa é construir cerca de 300 escolas com educação integral. "O Rio só tem jeito, se nós investirmos em educação. Os países com os melhores desempenhos em educação tem suas crianças estudando em período integral. Essas crianças têm aula de música, informática e atividades esportivas, sem deixar de lado o ensino de matemática e português. E não tem nada mais carioca do que o samba, que mistura literatura e história do Brasil", disse.

Cultura convoca representantes para reunião do Fórum Municipal


Na quinta-feira, dia 7 de março, às 17h, a secretaria de Cultura de Cabo Frio promove reunião com os representantes das entidades culturais públicas da cidade para tratar da dinâmica de funcionamento do Fórum Municipal de Cultura, como cadastramento dos artistas e a importância do engajamento das instituições no processo de implantação do evento.
O encontro, que será realizado no prédio da Cultura - conduzido pelo secretário José Facury e pelo Superintendente dos Espaços Culturais da cidade Yuri Vasconcellos - tem por objetivo finalizar a preparação do Fórum, que acontece nos dias 11 e 12 de março, no Teatro Municipal Inah de Azevedo Mureb.
SERVIÇO
Reunião sobre o Fórum Municipal de Cultura
Data: 7 de março
Hora: 17h
Local: Prédio da Secretaria de Cultura
Endereço: Rua Itajuru, 131 – Largo do Itajuru
Fórum Municipal de Cultura
Datas:
Segunda, 11 de março, de 8h às 18h
Terça, 12 de março, de 9h às 18h
Local: Teatro Municipal Inah de Azevedo Mureb
End.: Rua Aníbal Amador do Vale, s/n – Algodoal – Praia do Forte

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Sobre a bonita homenagem prestada pelo Bloco Escravos da Mauá, um pouco de história sobre o assunto.


A REVOLTA DA CHIBATA

http://www.brazilkids.org/novidades4.html

João Cândido, o Almirante Negro








O Congresso brasileiro restabeleceu, no mês de agosto de 2003, os direitos de todos os marinheiros envolvidos na chamada "Revolta da Chibata", ocorrida em 1910. O decreto devolve aos marinheiros suas patentes, permitindo que recebam na Justiça os valores a que teriam direito se tivessem permanecido na ativa. Após 93 anos, resgata-se a memória dos marujos, especialmente do líder da Revolta, João Cândido Felisberto, o "Almirante Negro".

Para entender a história de João Cândido e da Revolta da Chibata - uma das poucas revoltas populares que atingiu seus objetivos no Brasil - é preciso voltar a 1910. Neste ano, no meio de uma grande instabilidade política, o militar Hermes da Fonseca é eleito para a presidência.

Na noite do dia 22 de novembro de 1910, o novo presidente recebe a notícia: os canhões de alguns dos principais navios de guerra da Marinha Brasileira – neste momento ancorados em frente à cidade, na Baía de Guanabara - apontam para a capital do Rio de Janeiro e para o próprio palácio de governo. As tripulações se rebelaram e tomaram os principais navios da frota.

O Minas Gerais, um dos modernos navios recém-adquiridos pela Marinha na época da Revolta






Três oficiais e o comandante do encouraçado Minas Gerais, João Batista das Neves, estão mortos. Os demais oficiais são pegos de surpresa: os marinheiros manobram a frota exemplarmente, como não acontecia sob seu comando. O movimento, articulado por marinheiros como Francisco Dias Martins, o "Mão Negra" e os cabos Gregório e Avelino, tem como seu porta-voz o timoneiro João Cândido.

A última chicotada


Os motivos principais da Revolta eram simples: o descontentamento com os baixos soldos, a alimentação de má qualidade e, principalmente, os humilhantes castigos corporais. Estes haviam sido abolidos no começo do século, acompanhando o final da escravidão, sendo depois reativados pela Marinha como forma de manter a disciplina a bordo.

Ao lado de um dos Marinheiros, João Cândido lê o manifesto da Revolta: fim dos castigos corporais (Agência Estado)






No Minas Gerais, por exemplo, no dia da Revolta, o marinheiro Marcelino Menezes é chicoteado como um escravo por oficiais, à frente de toda a tripulação. Segundo jornais da época, recebe 250 chibatadas. Desmaia, mas o castigo continua. O movimento então eclode. João Cândido no primeiro momento não está presente. No calor da luta, são mortos os oficiais presentes no navio, o que terá conseqüências trágicas para os revoltosos.


Para surpresa dos oficiais a marujada manobrava sozinha os navios (Foto: "Diários Associados")




Além do Minas Gerais, os marinheiros tomam os navios Bahia, São Paulo, Deodoro, Timbira e Tamoio. Hasteiam bandeiras vermelhas e um pavilhão: "Ordem e Liberdade". A frota inclui mais de 80 canhões, que são apontados para a cidade. Alguns tiros de aviso chegam a ser disparados. Os marujos enviam um radiograma, onde apresentam ao governo suas exigências: querem o fim efetivo dos castigos corporais; o perdão por sua ação e que melhorem suas condições de trabalho.

A Marinha quer punir a insubordinação e a morte dos oficiais. O governo, contudo, cede. A ameaça à cidade e ao poder de Hermes da Fonseca são reais. Aprovam-se então medidas que acabam com as chibatadas e também um projeto que anistia os amotinados. Depois de cinco dias, a revolta termina vitoriosa.

A despedida do marinheiro


Os jornais da época anunciam o término da Revolta: quase 3.000 pessoas. Os mais ricos - fugiram da cidade. A população subiu aos morros para ver as manobras da Armada





Os marinheiros, em festa, entregam os navios. O uso da chibata como norma de punição disciplinar na Marinha de Guerra do Brasil finalmente está extinto.

Logo, no entanto, o governo trai a anistia. Os marinheiros começam a ser perseguidos. Surgem notícias de uma nova revolta, desta vez no quartel da Ilha das Cobras. O governo recebe plenos poderes do Congresso para agir. A ilha é cercada e bombardeada.

Cerca de 100 marinheiros são presos e mandados, nos porões do navio "Satélite" - misturados a ladrões, prostitutas e desocupados recolhidos pela polícia para "limpar" a capital - para trabalhos forçados na Comissão Rondon, ou simplesmente para serem abandonados na Floresta Amazônica. Na lista de seus nomes, entregue ao comandante do "Satélite", alguns estão marcados por uma cruz vermelha. São os que morrerão fuzilados e, depois, serão jogados ao mar.

João Cândido é conduzido para a prisão ("Agência Estado")






João Cândido, embora não tenha participado do novo levante, também é preso e enviado para a prisão subterrânea da Ilha das Cobras, na noite de Natal de 1910, com mais 17 companheiros. Os 18 presos foram jogados em uma cela recém-lavada com água e cal. A cela ficava em um túnel subterrâneo, do qual era separada por um portão de ferro. Fechava-a ainda grossa porta de madeira, dotada de minúsculo respiradouro. O comandante do Batalhão Naval, capitão-de-fragata Marques da Rocha, por razões que ninguém sabe ao certo, levou consigo as chaves da cela e foi passar a noite de Natal no Clube Naval, embora residisse na ilha.

A falta de ventilação, a poeira da cal, o calor, a sede começaram a sufocar os presos, cujos gritos chamaram a atenção da guarda na madrugada de Natal. Por falta das chaves, o carcereiro não podia entrar na cela. Marques da Rocha só chegou à ilha às oito horas da manhã. Ao serem abertos os dois portões da solitária, só dois presos sobreviviam, João Cândido e o soldado naval João Avelino. O Natal dos demais fora paixão e morte.

O médico da Marinha, no entanto, diagnosticou a causa da morte como sendo "insolação". Marques da Rocha foi absolvido em Conselho de Guerra, promovido a capitão-de mar-e-guerra e recebido em jantar pelo presidente da República.

João Cândido continuou na prisão, às voltas com os fantasmas da noite de terror. O jornalista Edmar Morel (1979, p. 182) registrou assim seu depoimento pessoal: "Depois da retirada dos cadáveres, comecei a ouvir gemidos dos meus companheiros mortos, quando não via os infelizes, em agonia, gritando desesperadamente, rolando pelo chão de barro úmido e envoltos em verdadeiras nuvens da cal. A cena dantesca jamais saiu dos meus olhos.

Atormentado pela lembrança dos companheiros mortos, João Cândido é algum tempo depois internado em um hospício.

Perto do mar, as "pedras pisadas do cais"


Aos poucos, ele se restabelece. É solto e expulso da Marinha. Os navios mercantes não o aceitam: nenhum comandante quer por perto um ex-presidiário, agitador, negro, pobre e talvez doido. João Cândido continuará contudo perto do mar, até morrer, em 1969, aos 89 anos de idade, como simples vendedor de peixe.

Os que fizeram a Revolta da Chibata morreram ou foram presos, desmoralizados e destruídos. Seu líder terminou sem patente militar, sem aposentadoria e semi-ignorado pela História oficial. No entanto, o belíssimo samba "O Mestre-Sala dos Mares", de João Bosco e Aldir Blanc, composto nos anos 70, imortalizou João Cândido e a Revolta da Chibata. Como diz a música, seu monumento estará para sempre "nas pedras pisadas do cais". A mensagem de coragem e liberdade do "Almirante Negro" e seus companheiros resiste.

HOMENAGEM DE JOÃO BOSCO E ALDIR BLANC À "REVOLTA DA CHIBATA"


Sobre a censura à música, o compositor Aldir Blanc conta: "Tivemos diversos problemas com a censura. Ouvimos ameaças veladas de que a Marinha não toleraria loas e um marinheiro que quebrou a hierarquia e matou oficiais, etc. Fomos várias vezes censurados, apesar das mudanças que fazíamos, tentando não mutilar o que considerávamos as idéias principais da letra. Minha última ida ao Departamento de Censura, então funcionando no Palácio do Catete, me marcou profundamente. Um sujeito, bancando o durão, (...) mãos na cintura, eu sentado numa cadeira e ele de pé, com a coronha da arma no coldre há uns três centímetros do meu nariz. Aí, um outro, bancando o "bonzinho", disse mais ou menos o seguinte:

  • Vocês não então entendendo... Estão trocando as palavras como revolta, sangue, etc. e não é aí que a coisa tá pegando...

  • Eu, claro, perguntei educadamente se ele poderia me esclarecer melhor. E, como se tivesse levado um "telefone" nos tímpanos, ouvi, estarrecido a resposta, em voz mais baixa, gutural, cheia de mistério, como quem dá uma dica perigosa:

- O problema é essa história de negro, negro, negro..."


MÚSICA DE JOÃO BOSCO E ALDIR BLANCI

EM HOMENAGEM A REVOLTA DA CHIBATA


Mestre-Sala dos Mares", de João Bosco e Aldir Blanc, composto nos anos 70, imortalizou João Cândido e a Revolta da Chibata. Como diz a música, seu monumento estará para sempre "nas pedras pisadas do cais". A mensagem de coragem e liberdade do "Almirante Negro" e seus companheiros resiste.

O Mestre Sala dos Mares
(João Bosco / Aldir Blanc)
(letra original sem censura)
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre sala
E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
dos negros pelas pontas das chibatas
Inundando o coração de toda tripulação
Que a exemplo do marinheiro gritava então
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo

O Mestre Sala dos Mares
(João Bosco / Aldir Blanc)
(letra após censura durante ditadura militar)
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o navegante negro
Tinha a dignidade de um mestre sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão
Que a exemplo do feiticeiro gritava então
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o navegante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo











sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Ecos de um carnaval que já se vai se perdendo entre serpentinas...

O carnaval de 2013 vai deixar saudades. Algumas coisas ficarão impressas na memória, outras se esgotarão por si só. Eu gostei muito do samba da PORTELA, dentro de um padrão harmônico impecável, já o samba da VILA ISABEL foi inovador por natureza de harmonia e letra e a escola fez desfile certinho como manda o figurino da Liesa. Título merecido. A lamentar a confusão com o Bola Preta na Rio Branco, em contrapartida o Bola foi sensacional em Cabo Frio, arrastando multidão. O Parókia de domingo foi arrasador, assim como o show de Arlindo Cruz foi ótimo e o da Preta Gil muito divertido. A arena do blocos foi uma boa sacada e apenas lamentar a má educação de alguns que insiste em fazer suas necessidades nas ruas da cidade. Vale lembrar que o Quebra, Quebra Gabiroba inovou com uma deliciosa macarronada no final da Festa. Enfim o carnaval se foi e lembranças boas foram mais marcantes que as más. Menos mal. Que venham outros.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Bafo da Onça em quadrinhos

Bafo da Onça relembra os 56 anos de sua história em quadrinhos

RIO — O Bafo da Onça, um dos mais tradicionais blocos da cidade, fará sua passagem pela Avenida Rio Branco em alto estilo. Durante seu desfile, serão distribuídos 3 mil livretos às crianças fantasiadas, contando um pouco da trajetória de seus 56 carnavais em formato de história em quadrinhos.


Baseado em dois contos da literatura infantil, "A onça de botas" foi concebida pela escritora Dalva Lazaroni, diretora artística da agremiação. Confira aqui a história.
— Pensei em fazer um enredo para atrair as crianças mas que também atingisse o coração dos adultos, porque o carnaval é uma festa de família — disse a autora, revelando estar impressionada com a quantidade de pais que levam os filhos ao desfile do bloco.
O gibi tem relação direta com o tema cantado pelo Bafo este ano. Com participação especial de Sérgio Mallandro, o samba “A onça de botas” também evoca a história do bloco, que remonta ao Catumbi dos anos 50.
Em seu livro “Blocos”, o jornalista João Pimentel relembra a importância do grupo formado por Tião Maria, que inspirou a criação de outras agremiações: “Talvez por estar localizado em uma região central da cidade, o Bafo da Onça reunia a Zona Norte e a Zona Sul, mas tinha sua base vital na animada população do bairro.”
O Bafo de Onça desfila na terça-feira gorda às 20h, no encerramento do carnaval carioca.
fonte: O Globo


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Ensaio-Show do Parókia - Hoje. Nós vamos!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Shows animam o Carnaval em Cabo Frio



Os moradores e turistas que gostam de Carnaval terão muitas atrações em Cabo Frio durante o período da folia. Além da programação dos blocos de arrastão, definida pela Associação dos Blocos e Atividades Carnavalescas de Cabo Frio (ABACCF), que começou neste sábado (2/2), com o desfile do Bloco da Saúde, a prefeitura, através da Secretaria Municipal de Eventos, preparou uma série de shows em diversos bairros.

Um palco montado na Praia do Forte terá shows a partir da sexta-feira (8/2), sempre às 23h, com uma atração por dia. Confira a programação:

Sexta, dia 8 - Neguinho da Beija-Flor
Sábado, dia 9 - Trio Ternura
Domingo, dia 10 - Exalta Rei
Segunda, dia 11 - Mulheres de Chico e Brazukada
Terça, dia 12 - Arlindo Cruz
Quarta - dia 13 - Preta Gil 

Além da Praia do Forte, a Prefeitura de Cabo Frio promove shows durante o carnaval em Tamoios, em São Cristóvão, na Praia do Siqueira, no Jardim Esperança, no Guriri, no Peró e em Maria Joaquina. A programação para estes bairros será confirma pela Secretaria de Eventos até a quarta-feira (6/2).
fonte: pmcf

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Parókia em noite de gala.





O que esperar de um bloco que toca junto com seus foliões? Pois na noite de ontem o Parókia excedeu as medidas e fez um ensaio eletrizante. Quatro horas da mais pura tradição carnavalesca e uma estonteante alegria reinante. Parókia é bom demais! Só para lembrar: na quarta, 06 de fevereiro, tem mais. Eu vou!
foto: Gê Matos