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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Semana Teixeira e Sousa: Praça Porto Rocha receberá Feira do Livro

A 22ª edição da Semana Teixeira e Sousa será realizada de 21 a 28 de março em comemoração ao bicentenário do escritor cabofriense e primeiro romancista brasileiro. Várias atividades estão sendo programadas pela Secretaria de Cultura de Cabo Frio em diferentes pontos culturais. Mas, como acontece em diversas manifestações populares, a praça não poderia ficar de fora do evento e, em função disso, a Porto Rocha receberá uma Feira do Livro que terá início já no primeiro dia de março.

Montada até 30 de março, a Feira do Livro contará com 12 boxes com publicações a preços convidativos – alguns livros podem custar apenas R$2 –, de diversos autores e editoras, congregadas pela Associação Brasileira do Livro (ABL). Em meio a todos esses escritores, os autores da Região dos Lagos terão espaço especial, com uma das tendas dedicadas às publicações locais. A Feira funcionará diariamente das 9h às 21h e será a primeira manifestação das comemorações da Semana Teixeira e Sousa em 2012.

De acordo com o Secretário Municipal de Cultura, José Correia, livrarias locais interessadas em participar da Feira do Livro devem entrar em contato direto com a ABL. O convite à Associação Brasileira do Livro para a organização da Feira foi feito pela Secretaria de Cultura de Cabo Frio e foi prontamente aceito. Para o sucesso do evento, entretanto, foi solicitado à ABL que os preços dos livros sejam acessíveis ao público e que o valor cobrado pelo aluguel dos boxes também seja facilitado para as livrarias locais que comercializarão suas publicações.

As livrarias interessadas em participar da Feira do Livro deverão entrar em contato através dos telefones (21) 9947-8740, do presidente da ABL, Adenilson Cabral, ou (21) 9819-5889, do coordenador César.

Já os escritores da Região interessados em expor os seus trabalhos deverão se dirigir à Biblioteca Municipal Professor Walter Nogueira, nos dias 27 e 28 de fevereiro, segunda e terça-feira próximas, das 8h às 18h, para realizar a inscrição. Os autores também devem levar edições de livros que serão expostos e comercializados. A participação para os escritores locais é gratuita. A Biblioteca funciona à Praça D. Pedro II, nº 47, Centro. Os telefones para contato são (22) 2646-5830 ou 2647-7440.
fonte: pmcf

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Acabou Chorare 40 anos - Música Brasileira Universal

Acabou Chorare é o segundo álbum de estúdio do grupo musical brasileiro Novos Baianos. O disco foi lançado como Long Play em 1972 pela gravadora Som Livre, após o relativo sucesso de É Ferro na Boneca (1970), que ainda procurava identidade. Adotando a guitarra expressiva de Jimi Hendrix e a brasilidade de Assis Valente, e sobretudo a influência estrondosa de João Gilberto, que também serviu de mentor do grupo na época da realização do disco, o grupo realizou uma obra que apresenta grande versatilidade de gêneros musicais.

Sua faixa de abertura, "Brasil Pandeiro", foi proposta por Gilberto e é um dos sambas, ao lado de "Recenseamento", que Valente havia escrito para a recém-chegada Carmem Miranda dos Estados Unidos; ela aceitou a segunda, mas ignorou a primeira, que ficou em ostracismo até a regravação dos Anjos do Inferno. O título do álbum e a faixa homônima também foram inspiradas no estilo de bossa nova de Gilberto e numa história contada por ele sobre sua filha com Miúcha, a então bebê Bebel Gilberto, e representa a proposta principal do disco de criticar a tristeza que então dominava a música popular brasileira com alegria, prazer e jocosidade. "Preta Pretinha", por sua vez, virou mania nacional, e "Besta é Tu" e "Tinindo Trincando" dominaram as rádios do país, esta última um belo exemplo da mistura de baião com rock psicodélico.

Mesmo mais de 40 anos após seu lançamento, o álbum permanece como um dos mais importantes da música popular brasileira e também um dos mais influentes. Novas gerações de músicos, especialmente cantoras, como Vanessa da Mata, Marisa Monte, Céu, Roberta Sá, Mariana Aydar, beberam de sua fonte e, além de sua fama, gozou de amplo reconhecimento crítico.[1] Em 2007, na eleição de Lista dos 100 maiores discos da música brasileira feita pela Rolling Stone, Acabou Chorare aparece em primeiro lugar, sendo considerado obra-prima pelos estudiosos, produtores e jornalistas convocados para a votação.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

40 anos depois, o long-play Clube da Esquina continua fazendo a cabeça de quem gosta de música;

O álbum Clube da Esquina nº 1 foi sem dúvida um divisor de águas da música brasileira. Ele trouxe inovações harmônicas e rítmicas para a época: as várias cores musicais do erudito de Wagner Tiso, do canto gregoriano do Milton Nascimento, o jazz de Toninho Horta e pop britânico de Beto Guedes e Lô Borges. Junte a isso as diferentes referências culturais do grupo: o cinema de Truffaut, filosofia existencialista de Sartre, a literatura beatnik, a cultura cigana, o estilo de vida do interior mineiro. O resultado é o estilo de música mais influente da música brasileira, depois da Bossa Nova.

Foi a partir da década de 60 que a música popular brasileira começou a mudar. A pluralidade de novos artistas que surgiram na época ainda é a mais importante na história da música popular do Brasil. Era um momento no qual todos estavam procurando dar eco às suas vozes, meio a uma grande repressão política e de liberdade de expressão.

A influência e a singularidade das músicas do Clube da Esquina o transformaram no mais importante movimento musical de Minas Gerais. Mesmo que de certa maneira ofuscado pelo Tropicalismo da dobradinha São Paulo – Bahia, os garotos do bairro Santa Tereza não foram por isso menos influentes para a música do Brasil e do mundo.

O disco Clube da Esquina nº 1 foi onde se condensaram todas essas influências e ânsias de conquistar os ouvidos do mundo, direto de uma esquina qualquer de Belo Horizonte, entre peladas na rua e goles de pinga. Milton Nascimento, Lô Borges e Toninho Horta eram as estrelas principais, sem dúvida, mas a presença dos demais músicos na gravação do disco foi imprescindível para dar vigor ao movimento.

Antes da música, a amizade

Essa foi a primeira geração de músicos a ficar em Belo Horizonte, que não precisou ir para Rio e São Paulo para ter uma carreira. Daqui só saíam para gravar e shows. Mas as raízes, bem fincadas no chão mineiro, eram refletidas nas letras e na maneira de compor: o “modus vivendi” local – o sobe e desce de morros, sempre de buteco em buteco –, as paisagens montanhosas, o ritmo bucólico e o silêncio de uma cidade grande com ares de interior.

A tal esquina é o cruzamento das ruas Divinópolis e Paraisópolis, no Santa Tereza. Embora a história tenha começado mesmo no encontro entre os Borges, Milton e Wagner Tiso nas escadas da pensão do Edifício Levy, no centro da cidade, foi principalmente durante a vida no Santa Tereza que as coisas aconteceram.

“A timidez e a aversão aos holofotes da mídia jogaram a atenção para aquilo que sempre importou: a música. Como não havia essa coisa da profissionalização, de planejar fazer sucesso, as coisas foram sendo feitas pelo amor à música, pelo prazer de tocar junto e com os amigos”, conta Tavinho Moura.

O nome “clube” vem também da forma de se trabalhar: todos ajudavam, contribuíam com idéias e a música era o resultado de diversas cabeças, influências musicais pessoais e da amizade entre cada um deles. Á “formação” inicial que tinha Milton Nascimento, Wagner Tiso, Fernando Brant, Márcio Borges, Nivaldo Ornelas, Toninho Horta e Paulo Braga foram logo sendo agregados mais amigos e parentes. Essa forma aberta e hospitaleira de receber novos integrantes ao movimento foi e ainda é, sem dúvida, muito importante para a sua continuidade.

Os amigos que se conheceram por causa da música durante a adolescência cresceram tendo ao lado o prazer de tocar juntos. Mesmo que cada um levasse a sua carreira solo, os constantes encontros aconteciam pelas estradas e estúdios do mundo. Sempre presente estava o sentimento de tentar mais uma vez reunir todos num palco

Parókia é bom demais, com o Parókia todo mundo vai atrás. Parókia é bom demais, com o Parókia todo mundo vai atrás.