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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Almir Guineto lança cd com inéditas



Dois dias antes de lançar oficialmente o disco “Cartão de Visita” no Teatro Rival, dia 12 de abril, Almir Guineto reuniu músicos, cantores, arranjadores e equipe no Estúdio Floresta, em Cosme Velho, para ensaiar as 12 novas faixas que integram o disco.





-> Após 11 anos sem gravar, sambista lança disco com 12 faixas inéditas

-> Álbum será lançado dia 12 de abril, em show no Teatro Rival, no Rio

Aclamado em todo o País por alcunhas como “Rei do Pagode” e “Sambista Completo” e um dos expoentes do boom do samba carioca na década de 1980, Almir Guineto reencontrou a alegria. Após 11 anos longe dos estúdios e extenso período morando no interior paulista, o sambista voltou ao Rio de Janeiro para reencontrar amigos, celebrar o amor e homenagear seu “Cartão de Visita”, a capital fluminense, que dá título ao álbum inédito. No disco, Guineto solta sua voz valente, de língua solta, de quarta dose e de divisão única, seja cantando partido-alto, sua marca registrada, ou abordando questões que nortearam sua carreira, como o amor, a família, a religiosidade e a crítica social. “É um disco que reflete, de ponta a ponta, meu atual momento pessoal e profissional. Estou muito feliz”, adianta Almir. Quase totalmente autoral, o trabalho prova ainda a versatilidade, a cadência e o repertório inconfundível de Guineto como compositor.

Nascido e criado no Morro do Salgueiro, no Rio, Guineto abre o novo CD pedindo bênção aos orixás, na percussiva faixa “Mãe Iemanjá”, canção autoral do sambista em parceria com Babalu. O tema é revisitado em “Sou eu”, uma oração aberta de Almir Guineto, desta vez mais carregada de axé do que na célebre “Orai por nós”, do disco A chave do perdão, de 1982. Composta por Dudu Nobre, Magalha e Guineto, “Tá tudo mudado” traz a ironia e o humor refinado do sambista, que brinca com os atuais casais. “Já não se casa na igreja/ E querem morar separados”, diverte-se na letra. Gravada por Beth Carvalho em seu mais recente trabalho, a faixa 3, “Tambor”, tem a marca partideira de Guineto na maior parte dos versos. Em “Cartão de Visita”, que dá nome ao disco, ele celebra a volta pra casa e as belezas naturais da capital carioca, em uma ode à sua terra natal.

Um dos pontos mais altos do disco, “Desabafo” é um recado direto à juventude dos dias atuais. “Muita gente vai se identificar com esta música”, promete Almir, antecipando que trata-se de uma conversa de pai para filho. A canção é de autoria de Brasil, Gilson Bernini e Fernando Magaça. Em “É você”, Guineto esbanja talento encaixando acordes menores em uma melodia envolvente, ousada. Feliz no Rio de Janeiro, Guineto reencontrou uma velha paixão, Regina Caetano, a quem pede uma “Outra Oportunidade” em uma das faixas do novo álbum – parceria com Adalto Magalha e Daniel de Oliveira. Mas Guineto também vê se espaço para cantar os amores perdidos nos caminhos da vida em “Paixão falida”, e lamenta. “Já errei três vezes”, sorri Almir.

O disco traz, ainda, participações dos amigos Arlindo Cruz e Adalto Magalha nos sambas “Partideiro Caseiro” e “Dom do Criador”, respectivamente. A cereja do bolo é a bonita homenagem que Guineto, em co-criação com Magalha, faz a um dos ex-companheiros de Fundo de Quintal, na emocionante “Homenagem ao Mestre Neoci”.

O novo momento comemorado por Guineto com o álbum é, mais que uma conjugação de felicidade, um tempo de paz, de um cantor mais maduro, de um compositor sempre atento e de um Almir mais tranquilo. “Cansei, era tudo muito desgastante”, conta, lembrando que trocou os 70 shows por mês pelos atuais 10, para preservar a saúde. “Fiquei doente por oito meses, quando estava apenas compondo, sem querer gravar”, recorda-se.

A partir de abril, quando o álbum chega oficialmente a milhares de ponto de venda de todo o Brasil, o Sambista Completo percorrerá o País de norte a sul apresentando as novas canções e, mais que isso, um renovado Almir Guineto. De volta ao seu cartão de visita, o Rei do Pagode pede uma outra oportunidade.

A mais genuína música popular brasileira agradece.

Clique aqui e ouça as primeiras músicas

FICHA TÉCNICA:
Produção executiva: Ivan Paulo
Arranjos: Ivan Paulo
Assistente de produção: Marcos Paulo
Engenheiro de som e mixagem: William Luna
Assistente de estúdio: Arthur Luna
Gravado, mixado e masterizado nos estúdios da Cia. dos Técnicos – Rio de Janeiro
Arte do CD: Enter SSP (www.enterssp.com.br)
Distribuição: Radar Records (www.radarrecords.com.br)
MÚSICOS:
Beloba: Tantan/ agogô/ reco-reco/ tamborim
Carlinhos 7 Cordas: Violão solo/ violão 6/ violão 7
Dirceu Leite: Flauta/ clarinete/ sax alto
Esguleba: Pandeiro/ repique de mão/ pandeiro de corte
Everton Machado: Trompete
Fernando Merlino: Teclado
Ivan Machado: Baixo
Jamil Joanes: Baixo
Jorge Gomes: Bateria
Márcio Almeida: Banjo/ bandolim solo
Márcio Vanderley: Cavaco
Misael do Trombone: Trombone
Nêgo: Conga/ pandeiro reto/ tamborim
Pirulito: Surdo/ conga/ ganzá/ tamborim
Coro: Ari Bispo, Ronaldo Barcellos, Ivan Paulo, Analimar e Ângela Sol
“CARTÃO DE VISITA” (2012)

1. Mãe Iemanjá (Almir Guineto / Babalu)

2. Tá Tudo Mudado (Almir Guineto / Adalto Magalha, Dudu Nobre)

3. Tambor (Almir Guineto / Adalto Magalha / Daniel de Oliveira)

4. Cartão de Visita (Almir Guineto / Adalto Magalha)

5. Desabafo (Brasil / Gilson Bernini / Fernando Magaça)

6. Dom do Criador (Adalto Magalha, Marquinhos PQD, Zé Roberto, Pedrinho da Flor, Mauro Diniz)

Participação: Adalto Magalha

7. É Você (Almir Guineto e Adalto Magalha)

8. Outra Oportunidade (Almir Guineto / Adalto Magalha / Daniel de Oliveira)

9. Partideiro Caseiro (Arlindo Cruz / Zeca Pagodinho)

Participação: Arlindo Cruz

10. Paixão Falida (Almir Guineto, Adalto Magalha / Evair Rabelo)

11. Sou Eu (Almir Guineto / Adalto Magalha)

12. Homenagem ao Mestre Neoci (Almir Guineto / Adalto Magalha)




Sobre Almir Guineto

Dono de uma elogiada obra composta por 21 discos, centenas de composições e diversas participações especiais, Almir Guineto integrou do Grupo Originais do Samba e foi fundador do Fundo de Quintal. Ex-diretor de bateria do Salgueiro, ingressou na carreira solo em 1981 com o álbum “O Suburbano”, com o qual destacou-se no Prêmio MPB-Shell pelo partido “Mordomia”. Ao lado do humorista Mussum e de outros amigos, contribuiu para a introdução e difusão do banjo no samba brasileiro.

Em sua carreira, gravou e foi gravado por nomes como Chico Buarque, Alcione, Elba Ramalho, Zeca Pagodinho, Beth Carvalho e Roberto Carlos, dentre outros. Multi-instrumentista, compositor, intérprete e versador, Guineto ganhou, ao longo da carreira, referências como “O Rei do Pagode” e “O Sambista Completo”.

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