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domingo, 3 de junho de 2012

Idosos famosos X Idoso Cidadão.


Idosos famosos X Idoso Cidadão.



Em 18 de junho o cantor, compositor, multi-instrumentista Paul McCartney completa 70 anos de idade, com 50 anos de carreira. Sir McCartney é um dos músicos mais ricos do mundo. Ele merece.  No Brasil  tem muita gente completando 60, 70, 80, 90 e até 100 anos, milagre da ciência médica, da tecnologia alimentar e das melhorias na área do saneamento básico. Se por um lado estamos vivendo mais, por outro, as condições de vida social  não  condizem com esta realidade.





   Aos muitos brasileiros que envelhecem na mais absoluta  pobreza, somam-se outros tantos para quem envelhecer é conhecer a pobreza”.

Nilmário Miranda

Hoje já somos 21 milhões de idosos e cada ano 650 mil idosos são incorporados à nossa população. O Estatuto do Idoso que é a maior conquista nesse campo, garante direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e a convivência familiar e comunitária, tudo muito bonito, todavia a maior parte da população o desconhece totalmente, e o que é pior: parte significativa da população idosa também não sabe de sua importância e existência. Daí, a magnitude de um quesito não contemplado no Estatuto que considero de suma relevância: o Direito à informação. Neste quesito os Conselhos de Idosos tem papel capital na difusão da informação sobre os direitos da pessoa idosa. As organizações representadas nos Conselhos precisam ser mais atuantes, aproveitando sua heterogeneidade e experiências. Os Conselhos devem trabalhar norteados por esta premissa elementar: Informar é preciso. Não devemos esquecer  que a velhice é uma realidade de muitas faces; ela envolve aspectos biológicos, psicológicos, econômicos, sociais, culturais e existenciais. Para milhões de brasileiros, a velhice representa inúmeras perdas, como por exemplo, do trabalho, dos amigos e parentes, da saúde, da autonomia, da segurança etc. Por outro lado, àqueles que chegam a velhice tem direito a sonhar, planejar, elaborar projetos por mais simples que sejam, tais com estudar, viajar, botar em prática antigos projetos, viver em sociedade.

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