O Programa Nacional do Livro Didático, do Ministério da Educação (MEC), distribuiu a cerca de 485 mil estudantes jovens e adultos do ensino fundamental e médio uma publicação que faz uma defesa do uso da língua popular, ainda que com incorreções. Para os autores do livro, deve ser alterado o conceito de se falar certo ou errado para o que é adequado ou inadequado. Exemplo: "Posso falar 'os livro'?' Claro que pode, mas dependendo da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito linguístico" - diz um dos trechos da obra "Por uma vida melhor", da coleção "Viver, aprender".
Outras frases citadas e consideradas válidas são "nós pega o peixe" e "os menino pega o peixe". Uma das autoras do livro, Heloisa Ramos afirmou, em entrevista ao "Jornal Nacional", da Rede Globo, que não se aprende a língua portuguesa decorando regras ou procurando palavras corretas em dicionários.
- O ensino que a gente defende é um ensino bastante plural, com diferentes gêneros textuais, com diferentes práticas de comunicação para que a desenvoltura linguística aconteça - disse Heloisa Ramos.
Em nota encaminhada ao "Jornal Nacional", o Ministério da Educação informou que a norma culta da língua será sempre a exigida nas provas e avaliações, mas que o livro estimula a formação de cidadãos que usem a língua com flexibilidade. O propósito também, segundo o MEC, é discutir o mito de que há apenas uma forma de se falar corretamente. Ainda segundo o ministério, a escrita deve ser o espelho da fala.
fonte:o Globo
Lamentável, sob todos aspectos.Desprezar o conhecimento que brota do estudo é abdicar de sua cidadania plena. Mais lamentável ainda é ter gente desse nível dentro de órgâo que deve "pensar" a educação do brasileiro. Não sou daqueles que prega a fogueira como destino desse livro e fico pensando nas centenas de eucaliptos gastos para confeccionar essa obra. Resumindo: esse livro é uma desnecessidade.
ResponderExcluirA língua falada pode fazer concessões dependendo do ambiente e do interlocutor. A escrita não pode. Os irresponsáveis por este absurdo tem que ser punidos. Sindicância e processo administrativo para apurar esta improbidade administrativa. Logo votaremos aos tempos das caravelas. Pindorama está cada vez mais surreal.
ResponderExcluirA carreira de professor de Português foi encerrada pelo Mec. Como pode um professor formado, bem preparado, se prestar a adotar tais livros em sala de aula? Com que moral vai corrigir um texto de um aluno? Com base em quê? Nas gramáticas ou no livro do Mec? É pra desistir de vez da profissão!!! Será esta a intenção?
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