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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

PORTINHO BOHEMIO faz tributo a Rita Lee



A edição de novembro do PORTINHO BOHEMIO, marcada para a próxima sexta-feira, dia 4, a partir das 19h, faz um tributo a Rita Lee com o tema “Uma noite na Babilônia”. Acompanhada de sua banda, a cantora Ivy Furtado promete bons momentos embalados a canções que fizeram da roqueira paulista um ícone da música brasileira.

O show marca o encerramento do PORTINHO BOHEMIO Fashion Night 2011, quando a música faz parceria com a moda para alegrar ainda mais a orla do bairro mais charmoso de Cabo Frio.
O desfile da coleção Verão 2012“ Welcome to Fantasy Island”, da grife My Place abre a noite com elegância, estilo e em clima de total descontração e alto astral.

Desde que foi criado, em 2008, as apresentações do projeto já chegaram a atrair mais de 4 mil pessoas por edição.



PORTINHO BOHEMIO/ 40ª Edição
Ivy Furtado e Banda
4 de novembro, 19h
Orla do Canal, em frente ao Condomínio casa Grande
Portinho - Cabo Frio

Cauby Peixoto: um homem de musicalidade




Atualmente com um tom manso e poucas gesticulações em cena, o cantor vive meses de intensa produção

Aos 80 anos de vida, dos quais 60 dedicados à carreira profissional, Cauby Peixoto é um homem que mantém pulsante sua grande paixão: a música. Atualmente com um tom manso e poucas gesticulações em cena, o cantor vive meses de intensa produção. Entre ensaios e gravações, se dedica diariamente à coletânea “Cauby, o Mito – 60 anos de música”, a ser lançada nos próximos dias, com três CDs – “A Voz do Violão”, “Caubeatles” e “Cauby ao vivo – 60 anos de música”, trabalho que também será apresentado em DVD.

Também nessa agenda de muito trabalho, Cauby mantém uma agenda de shows, com destaque as apresentações no Bar Brahma, todas as segundas-feiras. A casa localizada na imortalizada esquina das Avenidas Ipiranga com São João, tem casa lotada nas apresentações de Cauby, que ao longo de quase 90 minutos de apresentação passeia por grandes sucessos de sua carreira, e garante os aplausos do público das várias gerações.

Nascido em 10 de fevereiro de 1931, no Rio de Janeiro, Cauby Peixoto cresceu ladeado de musicalidade, pois sua família era composta por artistas, fato que também o levou à música. Seu primeiro trabalho é datado de 1951, um ano antes de sua contratação pela rádio Nacional, em meio aos festejos carnavalescos. Na época, o cantor foi convocado para gravar seu primeiro 78 RPM. Do lado A, registrou o samba “Saia Branca”, de seu cunhado Geraldo Medeiros, em parceria com Haroldo Lobo. Na outra face, gravou a deliciosa marchinha “Ai, que Carestia”, de Vitor Simon e Liz Monteiro.e desde então não parou de cantar. “Um casamento com a música”, afirmou o cantor, durante um rápido bate-papo telefônico com a reportagem do Shopping News, na véspera o último feriado.

Ainda dono de um vozeirão, entre uma pergunta e outra Cauby cantarolou sucessos de sua carreira, além de lembrar um pouco sobre essa história de sucesso. Também destaca o trabalho dos artistas da nova geração, comenta sobre a música popular brasileira atual, e revela com, exclusividade, seu próximo projeto: cantar Nat King Cole.

De onde vem a veia musical do carioca Cauby?

Meu pai era o violonista cadete. Minha mãe tocava bandolim. Meus irmãos também se dedicaram à música: Moacyr Peixoto, ao piano; Arakén Peixoto, ao trompete; e Andyara, com a voz. Acredito que deste contato surgiu essa ligação com a música.

E como foi conviver e crescer neste ambiente?

Foi muito bom. Eu aprendi muito com o meu irmão, pois ele era um grande pianista. Aprendi com ele a cantar muito melhor. Minha família me ensinou a ser um artista.

Você nasceu no Rio de Janeiro, mas trocou a cidade maravilhosa pela capital paulista. Como aconteceu esse casamento?

Morei em São Paulo por um tempo e gostei deste clima de cidade metrópole. Me dei muito bem nessa terra e optei em morar aqui. São Paulo me ofereceu muitas oportunidades e tenho muito a agradecer a esta cidade, aos paulistanos.

Dentre os grandes amigos de Cauby, está o Di Veras, um grande nome do cenário musical. Comente sobre esta amizade e a importância dele em sua carreira?

Minha amizade começou na apresentação em uma boate. Ele gostou da minha voz e me ensinou a cantar melhor. Ele me deu um empurrão na carreira. Ele representa para mim uma pessoa de alta confiança, um conhecedor de música que me ensinou muito.

E sua passagem pela Rádio Nacional, como foi?

Acontece no início dos anos 50. A Rádio Nacional era o veículo de grande audiência no País. Lá cantei junto com grandes cantores da época como a Emilinha Borba, Silvio Caldas...

Essa história pode ser vista no musical “Cauby, Cauby”, com Diogo Vilela. Como foi a emoção desta homenagem, pois me recordo da sua presença no teatro na noite de estreia.

Foi uma coisa de louco. Algo grandioso. Sei que o Diogo Vilela fez com grande amor, com toda a sua arte e talento. E todos aplaudiram o espetáculo.

A emoção é a mesma para a homenagem que será lançada no cinema, com um longa produzido e dirigido por Nelson Honeiff?

Será sim. [Começaria tudo outra vez, se preciso fosse meu amor, a chama em meu peito ainda queima...]. Sei que o material será apresentado no próximo ano.

Qual foi o grande sucesso de sua carreira?

A canção “Conceição” foi o grande sucesso da minha carreira.

Comente sobre a questão de sua vaidade, pois todos sabem que essa é uma característica do Cauby.

O artista precisa ser vaidoso, pois depende do público, do assédio, das fãs. Deve ter vaidade sim. Sempre tive essa marca e vou mantê-la.

Nestes 60 anos de carreira, quais foram as grandes mudanças ocorridas no segmento musical?

Posso dizer que não mudou muito. Continua com seu lado de romantismo e com vozes fantásticas.

Quais foram os cantores que te serviram de inspiração e quais são os que acompanha neste novo momento da música?

No passado escutava muito Nelson Gonçalves, Jorge Gourlar. Hoje escuto muitos jovens cantores, mas destaco a musicalidade do Jorge Vercillo e do Luan Santana. Gosto do estilo e das músicas destes rapazes.

Você está há quase nove anos com uma aplaudida temporada no Bar Brahma. Como é essa acolhida dos paulistanos?

É muito bom. Canto meus sucessos e outras canções que mar. Adoro o local e o público.

Sinatra, Roberto Carlos, Beatles, entre outros nomes foram cantados por você. Qual será o próximo nome a ser homenageado?

Será o Nat King Cole.

fonte : panorama

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Show das 21 horas em clima de Piratas do Caribe com as Pedras que Rolam

D de Drummond. Dia D

Espalhe-se a ideia, tão simples quanto ambiciosa: transformar o dia 31 de outubro, data de nascimento de Carlos Drummond de Andrade, num dia de grande comemoração.
Nas escolas, universidades, livrarias, bares, museus, TVs, rádios, centros culturais e mesmo em solidão, não importa onde e como, que todos se lembrem de festejar Drummond e a sua poesia.
Um outro dia D, para apagar a guerra e saudar a liberdade, a imaginação, a aliança entre os homens de boa palavra.
Dia de festa, para a qual outros poetas devem ser convidados, claro. D é dia de todos, dia dado de bom grado por aquele que nos deu A rosa do povo, Claro enigma, A vida passada a limpo e tantas outras maravilhas.

Cabo Frio comemora seus 396 anos em grande estilo

Ana Carolina faz show no dia 13.

Cabo Frio é a sétima cidade mais antiga do Brasil e, em comemoração aos seus 396 anos de fundação, celebrados em 13 de novembro, estará trazendo no dia 12 de novembro o Grupo Roupa Nova e no dia do aniversário da cidade quem vai comandar o espetáculo e a cantora Ana Carolina. Imperdível!
Roupa Nova faz show no dia 12.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Show das 21 horas. Ben Jor e Caetano. É os manos, rapaziada!

Prêmio Literário Teixeira e Sousa 2011

A Secretaria Municipal de Cultura informa que continuam abertas as inscrições para o Prêmio Literário Teixeira e Sousa 2011. Os trabalhos deverão ser endereçados à Biblioteca Municipal Walter Nogueira até o dia 14 de novembro. Após este prazo, não serão aceitos materiais entregues na biblioteca ou postados pelos correios.


Segundo a responsável pelas inscrições, a diretora da Biblioteca Municipal, Zuleika Crespo, ao todo já são dez trabalhos entregues, entre crônica, contos e poesias, e as inscrições vêm tanto de Cabo Frio e da Região dos Lagos como do Rio de Janeiro, Niterói e até Fortaleza (CE).


– O cabofriense Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa foi o autor do primeiro romance publicado no Brasil, “O Filho do Pescador”, além de ser um escritor muito adiantado para sua época. Recordamos que sua vida e sua contribuição para a Literatura Brasileira podem servir de estímulo para futuros escritores, o que já será considerado por nós como uma bela conquista - afirmou o Secretário de Cultura, José Correia.


Ao se inscrever na Biblioteca, o participante receberá um comprovante de confirmação. Já os trabalhos enviados pelos correios terão suas inscrições confirmadas no portal da Prefeitura Municipal, no endereço eletrônico www.cabofrio.rj.gov.br, em lista atualizada quinzenalmente, seguindo sempre as exigências do item do edital “Da entrega dos trabalhos”.


Poderão participar do Prêmio pessoas maiores de 14 anos nas categorias conto, crônica e poesia. Crianças e adolescentes até 14 anos concorrerão na categoria redação. Diferentemente das edições anteriores, neste ano apenas a categoria conto será em nível nacional e as demais serão em nível regional (de Saquarema a Rio das Ostras). Lembrando que funcionários da Prefeitura de Cabo Frio não poderão participar.


Os trabalhos terão temática livre, devendo estar nos parâmetros da formatação exigida para todas as categorias, sendo: papel tamanho A4, letra times new roman, tamanho 12, espaço duplo, cor preta. A digitação deverá ser em Língua Portuguesa, em uma só face, com, no máximo, três páginas. O autor poderá concorrer, apenas, em uma categoria. Deste modo, não será permitido que a mesma pessoa tenha mais de uma premiação, estando sujeito o participante a ser desclassificado do prêmio literário se não obedecer a esta condição, de acordo com as atribuições contidas no item “Da comissão julgadora”.


A entrega do material deverá ser feita em envelope tamanho ofício, lacrado, branco ou pardo, identificado com o pseudônimo, o título e a categoria. O envelope deverá conter: o trabalho em quatro vias, com título, obra e pseudônimo; envelope pequeno com dados do autor como nome, endereço, telefones, e-mail, título da obra e categoria. Para as inscrições feitas pelo correio, o participante deverá realizar o mesmo procedimento, enviando o envelope para o destinatário Biblioteca Municipal Walter Nogueira - endereço Praça D. Pedro II, 47 – Centro – Cabo Frio – CEP: 28906-200, citados no item “Da inscrição”.


A inscrição e entrega do trabalho significará a aceitação, pelo candidato, de todas as condições previstas neste regulamento, bem como a cessão dos direitos autorais dos trabalhos inscritos para eventual publicação até cinco anos após o encerramento do prêmio literário sem ônus algum. Só serão aceitos os trabalhos em conformidade com estas condições.


A Comissão Julgadora será formada por 12 membros da área literária para avaliar e julgar os trabalhos nas quatro categorias, sendo três julgadores para cada categoria, obedecendo aos critérios de estilo e conteúdo ficcional. Caberá à comissão avaliar e classificar os trabalhos concorrentes, proclamar os vencedores, impugnar os trabalhos que não se enquadrem nas condições do prêmio e nos critérios de avaliação acima. Os casos omissos neste regulamento serão resolvidos pela Comissão Teixeira e Sousa. As decisões de ambas as Comissões serão soberanas e definitivas.


As categorias serão premiadas de acordo com nomes da literatura cabofriense cujos homenageados são escolhidos a cada ano pela Secretaria Municipal de Cultura. Em 2011 serão premiados os três primeiros ganhadores de cada categoria: Conto – Prêmio Célio Mendes Guimarães (Nacional); Crônica – Prêmio Hilton Massa (Regional); Poesia – Prêmio José Casimiro (Regional); Redação – Prêmio Pedro Guedes Alcoforado (Regional). Os 1°, 2° e 3° colocados receberão premiação em dinheiro sendo R$ 1.000, R$ 500 e R$ 250, respectivamente. Os cinco primeiros colocados de cada categoria receberão certificados e terão seus trabalhos publicados no portal www.cabofrio.rj.gov.br e no Anuário de Cabo Frio - 2012.


A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios serão realizadas no dia 1º de dezembro, aniversário da morte de Teixeira e Sousa. Os ganhadores do concurso que residirem fora do município de Cabo Frio e que estejam impossibilitados de participar da solenidade de premiação serão contactados pelos organizadores do concurso para recebimento do prêmio a que têm direito.


Quaisquer dúvidas poderão ser esclarecidas na Biblioteca Municipal Walter Nogueira ou ainda pelos números: (22) 2646-5830 e (22) 2647-7440, de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h, e pelo e-mail: bibliotecawalternogueira@hotmail.com. O regulamento estará disponível no Portal da Prefeitura www.cabofrio.rj.gov.br e, passados 30 dias da entrega do prêmio, os participantes poderão retirar seus originais. Os trabalhos que não estiverem de acordo com as condições explicitadas no regulamento do prêmio serão automaticamente cancelados. O participante deverá observar os itens relativos à inscrição e à entrega dos trabalhos, sob pena de desclassificação.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Show das 21 horas. Hoje a viola passeando pelo rock and roll. Genial!

Outubro Rosa em Cabo Frio

Flores depois da vida

Em seu centenário, Nelson Cavaquinho é reverenciado em shows, CDs e livro
As flores em vida que ele, em parceria com Guilherme de Brito, pediu no samba "Quando eu me chamar saudade" foram dadas - ainda que sempre haja quem diga que o reconhecimento não foi à altura. "Depois da vida", para citar uma de suas tantas músicas que falam de morte, as flores continuam a ser depositadas. Começa hoje uma série de homenagens a Nelson Cavaquinho em função de seu centenário, que se completa no próximo sábado.

A primeira é um debate hoje, às 20h, no Instituto Moreira Salles, com Sérgio Cabral, João Pimentel e José Novaes (autor de "Nelson Cavaquinho: luto e melancolia na MPB") mediados por Rosa Maria de Araújo.

- Vou manifestar um profundo remorso por uma maldade que cometi: arrumei um emprego para ele no "Jornal do Brasil" - adianta Sérgio Cabral. - Ele entregava o jornal do dia para os funcionários. Eu nunca o vi tão triste quanto naqueles dois ou três dias atrás do balcão. Depois, sumiu. Abandono de emprego.

A história reforça uma das características que Nelson Antônio da Silva manteve até a morte, em 18 de fevereiro de 1986: seu amor pelas ruas, pela boemia, pelas margens da vida, de onde extraía a matéria-prima de sua música.

- Nelson era um clochard brasileiro - resume Elton Medeiros, citando a palavra francesa para tipos como o Carlitos de Charlie Chaplin.

Amigo por três décadas, seu colega nas noites do Zicartola (1963 a 65) e no disco "Quatro grandes do samba" (1977), Elton participará na sexta-feira, às 18h30m, de um show da Velha Guarda da Mangueira em homenagem ao compositor, abrindo a série Som em 4 Tempos da Sala Funarte Sidney Miller.

- Eu o conheci depois de ele ser expulso da polícia (por atitudes como jogar baralho e beber fardado). Fazia parte do regional da zona do Mangue, com Cartola e outros, e eu ia vê-lo tocar. Ele gostava de cantar em rendez-vous, com aquele cheiro de álcool, todos os tipos de álcool.

Intimidade com Deus

Os serões nos botequins mais vagabundos não o impediam de ser altamente religioso, ainda que não gostasse de entrar em igreja. Rezava antes de comer e enquanto bebia, mesmo no meio de uma quadra de escola de samba "com uma cuíca roncando sobre sua cabeça", como lembra Elton.

- Ele tinha muita intimidade com Deus. Falava de Deus como de um amigo - lembra Carlinhos Vergueiro, que produziu o disco "Flores em vida" (1985), em que vários cantores interpretavam Nelson, e lança em novembro um CD todo dedicado à obra do sambista, com participações de Chico Buarque, Wilson das Neves, Cristina Buarque e Marcelinho Moreira.

É uma obra em que opostos se atraem: flor e espinho, festa e pranto, mocidade e cabelos brancos. Nada em Nelson é moderado, dos porres às paixões, da obsessão pela morte à compulsão pela vida.

- Ele falava da morte para falar da vida. Não queria morrer, não era um suicida. Gostava muito de viver - ressalta Carlinhos.

Por obra do acaso, o cantor redescobriu, para seu disco, um samba em parceria com Guilherme de Brito que só tivera uma esquecida gravação - de Ari Cordovil, em 1957 - e que Beth Carvalho também interpreta no CD que sairá em novembro. "Palavras malditas" é um Nelson típico: "Eu não perdoo a tua ingratidão/ No nosso coração/ Nem tudo é como se deseja/ Eu não errava quando te dizia/ A mão que acaricia é a mesma que apedreja".

- Nelson é o meu xodó maior. Passou até Natal na minha casa. Ele me deu "Folhas secas", e eu passei a gravar sempre as novas. Era até um incentivo para ele continuar compondo - lembra Beth.

Foi a cantora quem apresentou Moacyr Luz ao compositor, numa noite de 1984. Ao produzir dois CDs de Guilherme de Brito, ele se aproximou mais da obra, que interpretará na quinta-feira, no Instituto Moreira Salles, ao lado de Gabriel da Muda, e no sábado, no Espaço Cultural dos Correios, em projeto que também terá Claudia Telles na quinta e Jards Macalé na sexta.

- Passei a estudar as harmonias surpreendentes dele e, muito modestamente, seguir o mesmo caminho - diz Moacyr.

O conjunto Galo Preto acompanhou Nelson Sargento e Soraya Ravenle no CD "O dono das calçadas" em 2001, quando dos 90 anos de Nelson Cavaquinho. Afonso Machado, bandolinista e responsável pela maior parte dos arranjos do grupo, pretendia ter publicado naquela época sua pesquisa sobre o autor de "A flor e o espinho". Como não houve dinheiro, ficou para o centenário a homenagem, que será lançada pela ND Comunicação na quinta-feira, a partir das 19h, no Museu da República. O Galo Preto também lança um CD tocando a obra do compositor.

- Não tem a pretensão de ser uma biografia. É um painel da vida dele com histórias que muitas pessoas me contaram - diz Afonso.

Como as entrevistas são daquele momento (1999 a 2001), há depoimentos de Guilherme de Brito, Jair do Cavaquinho e João Nogueira, que morreram $tempo depois. O músico dividiu o livro em pequenos capítulos, registrando histórias famosos, como a do sonho que Nelson teve de que morreria às 3h da manhã, o que o levou a atrasar o relógio para impedir que a hora chegasse logo.

Ou aspectos menos conhecidos, como sua relação com o instrumento que lhe deu sobrenome artístico. Nelson tocou muito cavaquinho, compôs choros com ele - quase todos perdidos, sendo que Afonso localizou "Nair" na Biblioteca Nacional -, mas depois tornou-se exclusivo do violão, criando o estilo de tocar apenas com dois dedos da mão direita, o polegar para os bordões, o indicador para as primas.

Em novembro, as homenagens continuam no Festival Villa-Lobos: Zé Renato e Leandro Braga farão um show no dia 26, no Espaço Tom Jobim. E o filme de Leon Hirszman sobre ele será exibido no dia 15, no Instituto de Educação de Surdos.



fonte: o globo

domingo, 23 de outubro de 2011

Secretaria Estadual de Cultura oferece R$ 950 mil para projetos nos Editais de Funk e Cultura Digital



Foram prorrogadas até 31 de outubro as inscrições para os Editais de Cultura Digital e do Funk oferecidos pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC). Podem se inscrever pessoas físicas e jurídicas.
A prorrogação das Chamadas Públicas foi publicada no Diário Oficial na última quinta-feira, 13 de outubro. Para auxiliar os proponentes, foi elaborado um manual ilustrado que detalha o passo-a-passo do edital e fornece resposta às dúvidas mais frequentes. Através do Escritório de Apoio à Produção Cultural, a Secretaria também vai auxiliar os possíveis interessados na elaboração e enquadramento de seus projetos, além de fornecer orientações sobre o uso de programas livres em projetos culturais.
O Edital de criação artística no Funk tem como objetivo contribuir para a valorização do gênero enquanto expressão cultural urbana e plural do Rio de Janeiro. Além de gravação de CDs, DVDs e propostas de produção musical, a chamada contempla ainda trabalhos em outras categoriais, tais como: Circulação Artística, Audiovisual, Comunicação e Memória. Assim, podem ser contempladas exposições de fotografia,  websites, blogs, revista em quadrinhos, vídeos e publicações que contribuam para o reconhecimento do funk como elemento importante da cultura brasileira. Serão premiados vinte e cinco projetos com R$ 20 mil cada para desenvolvimento de ações durante o ano de 2012.
Já o Edital de Cultura Digital prevê apoio para projetos que trabalhem com tecnologia em lan houses ou telecentros não-governamentais. Serão quinze propostas beneficiadas com R$ 30 mil cada para desenvolvimento de ações por, no mínimo, seis meses.

O edital contempla quatro categorias de projetos: Comunicação, Formação, Expressões artísticas/culturais e Metareciclagem. Porém, mais do que trabalhar com tecnologias digitais, o projeto deve valorizar a participação ativa da comunidade local como parceira na construção das ações. A utilização de programas de código-aberto (softwares livres) e a livre disponibilização na Internet dos conteúdos gerados a partir do projeto também é parte fundamental do edital de cultura digital, pois permite que qualquer pessoa tenha acesso aos programas utilizados, podendo inclusive modificá-las.
Os editais podem ser acessados pelo link: http://www.cultura.rj.gov.br/editais/edculturaesociedade.php. E o manual de inscrição pelo endereço eletrônico: http://www.cultura.rj.gov.br/projeto/caravanas-de-divulgacao-dos-editais-20112012.

 fonte : pmcf

sábado, 22 de outubro de 2011

Nem frio, nem chuva, nem a falta das estrelas, tão apreciadas por ela, impediram a comemoração do Aniversário de Leda Paes, ontem no Parada Obrigatória.

Leda é a amiga number one do blog. Poetisa das poesias escondidas, filha de dona Dadá, que também ontem aniversariou, e que é craque na arte de fazer versos trovados, Leda é daquelas pessoas que prega a alimentação macrobiótica só que não dispensa uma boa feijoada. Leitora atenta da boa literatura, sempre nos surprende com textos memoráveis e com sua quase submissão ao cantar de seu guru musical: Maria Bethânia. O aniversário começou no Parada Obrigatória e terminou na madruga do Baixo Cabofrio, como sempre com discussões acaloradas sobre música, poesia, arte, política e culinária, já contando com a presença de outros amigos que não estão na foto acima, mesmo porque tirar foto na madruga e pra lá de marrakesh, ninguém merece. Na foto acima estão Marcos, Leda, Marli e o blogueiro aqui.Como o frio insistia em pertubar e o dono do bar em querer cerrar as portas, só nos restou encerrar os trabalhos e desejar a Ledinha muitos anos de vida, alegria e muita poesia. Se essas poesias aparecerem, serão benvindas.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Para alguns, o melhor show do RIR 2011, para o blog, com certeza o melhor show da banda. Fizeram o show da vida deles. Vale a pena conferir, na versão completa.Divirtam-se!

Projeto Começar de novo, em novo local.

Será realizada neste sábado, dia 22, a partir das 21h, a edição especial do Projeto “Começar de Novo”, que, tradicionalmente, faz a alegria de visitantes e moradores da cidade com a famosa seresta no bairro da Passagem. Excepcionalmente neste sábado, o evento será realizado na Praça São Benedito, localizada no mesmo bairro, devido às obras de revitalização da Praça da Bandeira.

A banda do projeto “Começar de Novo” é composta por sete integrantes que, há seis anos, apresentam-se todos os sábados, a partir das 21h, com apoio da Prefeitura Municipal de Cabo Frio desde o início da sua idealização.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um dedinho de prosa, seu moço!

O sotaque caipira que nasceu na cidade grande

“Qui m’importa, qui m’importa. O seu preconceito qui m’importa. Se você quer maiores aventuras, vá pra cidade grande qualquer dia. Eu sou da terra e não creio em magia. É só o jeito de um rapaz caipira.”
Se o rapaz caipira, imaginado por Teixeira, ou o violeiro pintado por Almeida Junior cem anos antes viajassem hoje para a cidade grande, talvez se sentissem ainda mais descaracterizados, não só pela música de hoje atribuída à sua cultura. Pois descobririam que o seu próprio sotaque – o r retroflexo ou arrastado, aquele que se pronuncia em fim de sílaba, como em “imporrrrta” – veio de lá mesmo, e não do interior. É o que afirma o professor da Universidade de São Paulo e pesquisador do CNPq Manoel Mourivaldo Santiago Almeida, coordenador de pesquisas sobre a história e a variedade do português paulista às margens do Anhembi, antigo nome do rio Tietê.
Almeida integra o chamado Projeto Caipira, um dos grupos do Projeto para a História do Português Brasileiro, que existe desde 1998 para historiar o idioma em São Paulo. Ele examina de material escrito antigo a oral atual em regiões paulistas situadas às margens ou próximas ao Tietê: Capivari, Itu, Piracicaba, Pirapora do Bom Jesus, Porto Feliz, Santana de Parnaíba, Sorocaba e Tietê.
Revisão
O que conhecemos hoje como sotaque ou dialeto caipira seria, assim, resultado de expansão ocorrida nos séculos 16 e 17 por todo país, não apenas em São Paulo, o que explica a familiaridade que garantiu o sucesso de tipos tão estilizados como Jeca Tatu e Chico Bento. Segundo Almeida, esse sotaque surgiu da cultura de miscigenação colonial em núcleos familiares paulistas, compostos por portugueses, índios de diferentes etnias e seus filhos mamelucos, e está em formação desde esses primeiros contatos ocorridos na extensa região do então planalto de Piratininga.
- A variedade se expandiu, a partir dos séculos 17 e 18, para o interior, tanto o paulista quanto o brasileiro, principalmente para Minas Gerais e o Centro-Oeste do Brasil, tendo como caminho as águas do Tietê, pela ação dos bandeirantes e monçoeiros (exploradores). Ao mesmo tempo, também para a região Sul, pela rota dos tropeiros – explica o professor.
Professora da Universidade Federal de Minas Gerais, coordenadora do Projeto Variação fonético-fonológica em Minas Gerais (Varfon-Minas), Maria do Carmo Viegas concorda com o estudo feito por Almeida, mas pondera que é preciso testar a descoberta em outros casos de uso do r.
- Em muitos falares do interior de São Paulo hoje há o r retroflexo preponderantemente e não na capital, mas isso pode não ter sido sempre assim. Creio que a origem está na relação bandeirantes e indígenas em vários pontos do estado, principalmente como descreveu o professor Almeida. Lembremos que estamos falando do r em final de sílaba ou de palavra. Em outras posições, o r retroflexo entre vogais, como “caro”, e pronunciado em Americana, por exemplo, talvez tenha outra explicação – afirma.
Equívoco
A professora explica que há a hipótese de que tenha havido um equívoco na interpretação da pronúncia do r e do l em final de sílaba, interpretação essa feita por indígenas que não distinguiriam esses fonemas como no português e motivada pela proximidade articulatória entre o r retroflexo e o l, que àquela época seria velarizado, como ainda hoje o é na maioria dos falares portugueses.
- Os indígenas, principalmente do tronco tupi, acompanhavam as bandeiras. A hipótese da interpretação indígena é compatível com a difusão feita pelos bandeirantes paulistas. A falta do r retroflexo no inventário de fonemas das línguas do tronco tupi citada como contra-argumento à hipótese da influência indígena, no meu entendimento, a reforça. É a falta do r retroflexo no seu inventário que causa a interpretação equivocada – diz.
Até então reinava o senso de que o sotaque caipira teria nascido no interior paulista, em especial no Médio Tietê, que inclui regiões de Campinas, Piracicaba e Sorocaba.
- Todos que tendem a pensar assim estão fazendo um recorte no tempo, em um contexto presente. Esquece-se o percurso histórico da origem e a formação do que hoje é esse estado, sua capital e seu interior. É como se essa variedade do português do Brasil, o dito sotaque ou dialeto caipira, fosse fruto de ações recentes, apenas. Enxerga-se a região da capital e, da mesma forma, do interior como é hoje – explica Almeida.
Chico Bento: estilização cujo sucesso se explica pela expansão do sotaque não só no interior paulista
Variantes
Para Neusa Bastos, professora do curso de letras do Mackenzie, é preciso perceber que entre os sotaques interioranos há inúmeras variantes.
- A cultura caipira tem características de religiosidade católica tradicional intensa, de inúmeras superstições e de um rico folclore. Além disso, houve tantas influências a partir do século 16, intensificadas por uma política de língua imposta por Portugal no século 18 e por uma “nova língua” portuguesa usada no século 19, que se pode dizer que o sotaque caipira não tem uma origem definida – explica.
Toda variedade linguística passa por contínuas variações em sua história. Por isso, é necessário considerar muitos aspectos históricos, sociais, culturais, desde os primeiros contatos linguísticos ocorridos em São Paulo, no século 16, quando essa região ainda não era a capital.
- Levando isso em conta, é possível perceber que esse sotaque ou dialeto ou variedade, que chamamos caipira, teve sua origem em lugar distinto do que hoje conhecemos como interior – acrescenta o professor Almeida.
Americanos
Outra lenda testada pelos pesquisadores é a de que o sotaque da região do Médio Tietê seria fruto da colonização de norte-americanos.
De acordo com o professor Almeida, isso não passa de hipótese. A presença americana tem sua parcela de influência significativa no sotaque caipira, mas não única.
- É necessário considerar toda a história social da região desde o início da colonização, passando pelos bandeirantes, monçoeiros, tropeiros até hoje.
O caipira é considerado exclusivo se forem tomadas as mesmas características identificadas na região do Médio Tietê (da sintaxe ou das construções da frase, do semântico-lexical ou do vocabulário e seu sentido, e da fonética ou da pronúncia, incluindo a prosódia, canto ou “maneira de falar”).
- Mas quando analisamos alguns desses fenômenos isolados atribuídos ao dialeto caipira do Médio Tietê, essa exclusividade não faz sentido – afirma Almeida.
De acordo com ele, o r retroflexo pode ser encontrado em todas as regiões do Brasil. O mesmo ocorre com o rotacismo – quando no lugar do l se pronuncia um r, como em “pranta” (planta). Esse fenômeno também pode ser encontrado em todas as regiões brasileiras e está mais relacionado a variáveis ou aspectos sociais, como a escolaridade do falante, do que a motivos dialetais circunscritos a uma região. Sendo assim, esses dois fenômenos passam a ser características do português popular brasileiro.
Em virtude do frequente contato com o português europeu, pela mídia ou por migração, traços de sotaque daqui podem também passar a ser características do português de lá.
Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 13 de outubro de 2008, José de Souza Martins, professor de sociologia da Faculdade de Filosofia da USP, lembra da influência da língua nheengatu no dialeto caipira. Idioma híbrido, usado na comunicação entre europeus, índios e negros dos tempos dos bandeirantes, o nheengatu chegou a ser falado por paulistas até o começo do século 19.
Orêia
Em 1727, Dom João V proibiu que no Brasil se falasse a língua geral. Seus falantes, no entanto, não conseguiam fazê-lo senão com forte sotaque. Os nativos da costa não conheciam certas consoantes e seus sons, as consoantes dobradas e as sem complemento de vogal. Daí “relho” virar “rêio”, “orelha” tornar-se “orêia” e “mulher”, “muié”. O século 18, escreve Martins, virou o da guerra das vogais contra as consoantes.
“Vogais foram enfiadas pelo meio das consoantes para torná-las pronunciáveis, o ‘mel’ virou ‘mele’, a ‘flor’ virou ‘fulô’. Consoantes finais como as do infinitivo foram suprimidas. Em vez de ‘falar’ aqui se continuou a ‘falá’. Os ‘zóio’ do povo enfrentaram os olhos do rei, o ‘vossa mercê’ dos mandões tornou-se o ‘mecê’ dos mamelucos.”
Talvez seja por isso, pondera o professor, que em São Paulo se escreve em português e se pensa em dialeto caipira, “na fala descansada, adocicada e esticada pelas vogais, o r atenuado pela metade de um som intruso de u, até mesmo quando ministros paulistas do STF leem seus judiciosos pareceres”.
O r arrastado pode ter mudado seu endereço de nascimento, mas continua a ser uma marca de identidade caipira.
Como surgem os sotaques
Os sotaques surgem por vários fatores, entre eles, históricos, geográficos e socioculturais. O primeiro deles relaciona-se às épocas em que a língua recebe influências diversas de outros grupos linguísticos por questões de dominação de diversas naturezas. O segundo, o geográfico, refere-se aos locais em que os contatos linguísticos são estabelecidos. Já o terceiro fator, o sociocultural, diz respeito às várias classes sociais, níveis de escolaridade, faixas etárias etc. A diversidade dos povos e seus idiomas contribui diretamente na maneira peculiar de falar de cada região.
- Os sotaques surgem a partir das variantes de acordo com a formalidade ou informalidade da situação comunicativa em que se encontram os sujeitos falantes submetidos sempre aos fatores expostos acima – afirma Neusa Bastos, professora do curso de letras do Mackenzie.
Por ter origem em diversos eventos pelos quais passou em sua história e não em exclusivamente um só, o dialeto, o sotaque ou a variedade linguística vai se formando, dependendo da consideração positiva ou negativa dos falantes em relação à(s) variedade(s) de contato. Portanto, de acordo com o professor da USP Manoel Mourivaldo Santiago Almeida, é muito comum que os sotaques se mantenham, mas com variações, “o que é natural”.
Autor: Adriana Natali

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Prefeitura de Cabo Frio realizará concurso para áreas jurídica, de saúde e assistência social

Para quem busca uma oportunidade no funcionalismo público, há uma boa notícia: a Prefeitura de Cabo Frio informa, por meio da Secretaria Municipal de Administração, que realizará novo concurso para provimento de cargos públicos nas áreas de Assistência Social, de Saúde Mental (Residência Terapêutica) e Procuradoria do município. A expectativa é que, em torno de 90 dias, seja publicado o regulamento que discriminará etapas como inscrições, aplicação de provas e descrição dos cargos, com os respectivos vencimentos.
A seleção pública atenderá ao Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre o município de Cabo Frio e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o qual prevê, dentre outras especificações, a investidura dos candidatos aprovados – a contar da data de publicação dos mesmos – no prazo máximo de 180 dias. A meta é que, no mínimo em 30 dias, seja contratada a instituição organizadora do concurso, iniciando assim os trâmites para cumprimento de todas as etapas previstas no TAC.
- Estamos na fase de definir as necessidades de cada área e, levando isto em conta, vamos definir o número de vagas, descrição dos cargos e a despesa total do concurso, que inclui os salários para cada função. Tudo será feito para atendimento à Lei de Responsabilidade Fiscal e para garantir a legitimidade da seleção – afirmou o Secretário de Administração, Deodoro Azevedo.
Ainda segundo o secretário, os últimos detalhes para publicação do regulamento já estão em fase de conclusão. Neste momento, a Prefeitura trabalha pela rápida contratação da empresa organizadora:
- A população pode ficar tranqüila, pois nós vamos cumprir os prazos de elaboração definidos no TAC. A atual gestão municipal credenciou Cabo Frio como o município da Região dos Lagos que mais realizou concursos nos últimos sete anos e o conselho que eu dou aos futuros candidatos interessados nestas vagas é que aproveitem para reforçar os estudos. Também que fiquem atentos às informações publicadas na imprensa, principalmente no portal da Prefeitura – disse ele.
fonte:pmcf

A luta começa a dar frutos.

<>Mato Grosso do Sul dá exemplo de como se deve tratar os idosos.<>

                    Gratuidade no transporte intermunicipal passa a valer para idosos acima de 60 anos
Campo Grande (MS) – O governador André Puccinelli sancionou em 20 de setembro de 2011 a nova lei estadual que concede gratuidade ou desconto no Sistema de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Estado de Mato Grosso do Sul em benefício das pessoas idosas e com deficiência.
Para o governador André Puccinelli, esta lei tem um grande significado social. “Segundo a orientação federal, baixou-se a faixa etária de 65 para 60 anos de idade para concessão do benefício do transporte intermunicipal. São duas cadeiras para idoso e mais duas cadeiras para deficientes. Nos microônibus, uma e mais uma. Também será concedido desconto de 50% nos demais acentos, desde que apresentem documentação”, afirmou o governador.
A concessão do benefício será por meio do crédito outorgado. “O governo do Estado abre mão do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), para que as empresas não percam nada. O Estado não está onerando as empresas de transporte, quando lhe outorgam o crédito com desconto do imposto. Esta lei é de pouco significado econômico, mas de grande significado social”, destacou Puccinelli.
A nova lei resultou dos esforços de um grupo de trabalho constituído pelas Secretarias de Trabalho e Assistência Social (Setas), de Administração (SAD), e da Fazenda (Sefaz), além da Superintendência de Gestão da Informação (SGI/Sefaz), criado para aperfeiçoar o modelo de concessão do benefício existente.
Para a secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social, Tânia Mara Garib, a nova lei traz critérios que precisavam ser alterados. “Este benefício promove a cidadania e a igualdade social. É um reconhecimento que temos que ter pela população idosa e pelos deficientes. Baixa para 60 anos o benefício, conforme prevê o Estatuto do Idoso. É o primeiro Estado brasileiro que concede a gratuidade no transporte intermunicipal por meio de crédito outorgado. Para ter direito não basta só a lei, é preciso conquistá-lo”, afirmou Tânia Garib.
A lei traz mudanças na concessão do benefício quanto a faixa etária dos idosos; a previsão e exigência da carteira para acesso ao benefício, facilitando dessa forma o controle do crédito outorgado de ICMS às empresas transportadoras; e o estabelecimento das competências aos órgãos envolvidos nos procedimentos para que o benefício chegue ao usuário.
A nova legislação tem os seguintes objetivos específicos: promover a agilidade na concessão, mediante a disponibilização de processo informatizado aos 78 municípios do Estado; atender ao que está previsto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Estatuto do Idoso quanto a faixa etária, no caso dos idosos, passando de 65 para 60 anos; aperfeiçoar a análise do crédito outorgado; definir competências de cada um dos atores que têm participação no processo de concessão do benefício.

sábado, 15 de outubro de 2011

Professores, o Brasil está em suas mãos!

Sábado com samba de primeira. Eu vou, e você?

O Sururu na Roda é formado por Nilze Carvalho – voz, cavaquinho e bandolim -, Fabiano Salek – voz e percussão -, Sílvio Carvalho – voz, percussão e cavaquinho – e a recém-chegada, Juliana Zanardi – voz e violão.
O grupo faz num das mais badaladas rodas de samba e foi parte integrante no processo de revitalização da Lapa, bairro ícone da boemia do Rio de Janeiro.
Com dez anos de trabalho calcado no samba e no choro e três discos lançados, o Sururu na Roda se mantém ligado à proposta de resgate cultural do cancioneiro popular e propõe releituras de outros diversos ritmos que constroem a música popular brasileira.
Uma das grandes marcas do grupo é sua sonoridade que expressa diferentes nuances de timbres. Isso ocorre com muita naturalidade pelo fato de seus integrantes serem cantores e instrumentistas, cada um proveniente de um contexto musical diferente, trazendo para o grupo sua bagagem e suas influências. O resultado é uma grande mistura dos gêneros da música brasileira, uma verdadeira miscigenação musical, um grande Sururu!
Nos shows no Centro Cultural Carioca o grupo conta com a participação especial de Éber de Freitas ou Diego Zangado.

Daniel Gonzaga, ontem, na 7ª FPCF. Ótimo show!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Atração desta sexta, nada menos que o filho do Gonzaguinha. Imperdível.

Daniel Gonzaga (Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 1975) é um cantor e compositor brasileiro, filho de Gonzaguinha (falecido em 1991) e neto de Luiz Gonzaga, considerado um dos ícones do baião.

Daniel compõe sob forte influência de seu pai nas letras e de seu avô nos ritmos. Os críticos afirmam que seu trabalho se caracteriza pela fusão de estilos diversos tais como o xote e o blues, donde teria se originado uma forma nova de tocar o baião sem acordeão - o que teria, por sua vez, permitido aproximar a tradição das canções nordestinas de um público mais jovem de outras regiões do Brasil.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ferreira Gullar !

Atração musical deste feriado, não esquecendo que tem Ferreira Gullar, às 18 horas no Charistas.


Reizilan dos Santos, conhecido artisticamente como Reizilan (Rio de Janeiro, 23 de Setembro de 1955) é um cantor, Instrumentista, compositor, Produtor, violonista clássico e popular brasileiro.
Estudou música no Curso Musical Costa Netto, Escola de Música Villa-Lobos, Faculdade de Música na UNISuam e Conservatório Brasileiro de Música.
Filho da cantora Creusa Cartola (Creuza Francisca dos Santos), filha adotiva do casal Cartola e Deolinda, que a adotou com apenas cinco anos.
Assim como o avô, com quem teve bastante contato, dedicou-se ao violão e às composições, sendo parceiro em algumas composições recolhidas por sua mãe e finalizadas após a morte do avô.

Discografia

Samba, poesia e amor (2006) Mancha Produções CD

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A atração de hoje na 7ª Festa Portuguesa, às 23 horas.



João Sabiá nasceu e foi criado no bairro de Copacabana no Rio de Janeiro pela mãe depois que seu pai morreu quando tinha 11 anos. Seu nome "Sabiá" surgiu depois de uma brincadeira com os amigos na adolescência, que depois começaram a chamá-lo assim nos shows. Estudou Radialismo e chegou a ter programas nas rádios comunitárias de favelas cariocas.

Em 2004 entrou no programa Fama da Rede Globo, em que ficou em terceiro lugar. Depois disso, participou da minissérie Hoje é Dia de Maria, como Asmodeu. Também participou da novela Vidas Opostas e da novela Paraíso. A banda de samba-rock 5 no Brinco acompanha João. Atualmente está em turnê no tradicional recanto da Lapa, o Rio Scenarium, para o lançamento do seu novo CD My Black, My Nega.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Culto ao deus da guitarra

Músicos como Lulu Santos, Pedro Sá e Davi Moraes falam de sua veneração por Eric Clapton, que toca hoje e amanhã no Rio

RIO - Paula Toller já cantou: "solos de guitarra não vão me conquistar" - talvez porque não eram de Eric Clapton. Há quase cinco décadas, o músico inglês encarna um dos mais clássicos papéis da mitologia do rock, e que virou até sinônimo de videogame: o herói da guitarra, o guitar hero, aquele que todos querem desafiar ou imitar. Para os que preferem apenas admirar uma figura de tamanha estatura, com um currículo invejável, que passa por Beatles, Jimi Hendrix e Bob Marley, hoje a noite. Clapton volta ao Brasil depois de dez anos - seu último show no Rio foi na Praça da Apoteose, em 2001 - e se apresenta na HSBC Arena, na Barra, para divulgar seu mais recente disco, "Clapton", de 2010.



Como as recentes apresentações aqui de Paul McCartney e Stevie Wonder, trata-se de um momento especial, de contemplação de um artista fora de série, que sobreviveu às barreiras do tempo e da história, além daquelas que a vida colocou no seu caminho (vícios diversos, perda do filho). O único muro que não conseguiu pôr abaixo foi aquele que o consagrou, com a lendária pichação na Londres dos anos 1960, que assegurava: "Clapton is God" ("Clapton é Deus").

- É um daqueles artistas que parecem não existir mais. É difícil imaginar alguém chegando aos 50 anos de carreira, intacto e com um repertório desse calibre - diz o fotógrafo, DJ e radialista Maurício Valladares.

Pelo que tem apresentado na turnê, Clapton deve mostrar clássicos do seu repertório, como sempre fortemente calcado no blues, como "Key to the highway" e "Crossroads" (do seu maior ídolo, o bluesman Robert Johnson), além de farta porção acústica, incluindo "Lay down sally", "Badge", "Cocaine" e a balada "Wonderful tonight". Confirmado este setlist, ele ficará mais perto da branda apresentação de 2001 do que do elétrico e inesquecível show de 1990, quando esteve no Rio pela primeira vez - também na Apoteose, com abertura de Lulu Santos.

- Era Lua cheia, com a Apoteose lotada, foi realmente sensacional - recorda Lulu Santos. Quem viveu, há de lembrar.

De fato, não é fácil esquecer Eric Clapton depois de ouvi-lo tocar. A apaixonada escrita nos muros londrinos comprova. Eram tempos em que a Inglaterra se enamorava do blues americano e Clapton - ironicamente apelidado de "slowhand" - era o incendiário guitarrista de grupos como Yardbirds (no qual foi substituído por Jeff Beck e Jimmy Page) e Bluesbreakers (de John Mayall).

- Sou louco pelo Hendrix, mas o Eric Clapton é espetacular, principalmente nessa fase - diz Fernando Vidal, guitarrista de Fernanda Abreu e Seu Jorge.

Esse período se encerraria com sua participação no explosivo e psicodélico Cream, uma usina de força conduzida também por Jack Bruce (baixo) e Ginger Baker (bateria), três virtuosos em momento indomável.

- Escutei bastante a fase dele com os Bluesbreakers, com todo aquele blues pesado - conta o guitarrista Pedro Sá. - E o Cream também era sinistro, bom demais.

Em 1968, ano em que o Cream acabou, Clapton fez, em "While my guitar gently weeps", dos Beatles, o que muitos consideram um dos mais arrepiantes solos da História. O excessivo culto à sua figura, porém, foi demais para sua personalidade pacata. Atormentado com isso e já envolvido com drogas (heroína, em particular), tentou se esconder atrás do Blind Faith, supergrupo que tinha também Stevie Winwood e o próprio Ginger Baker. O Blind Faith lançou apenas um disco, homônimo, em 1969.

O auge da carreira de Clapton seria também o seu momento de maior angústia. Apaixonado por Patty Boyd, mulher de seu melhor amigo, George Harrison, ele mergulhou mais fundo nas drogas, ironicamente gravando o ensolarado "Layla and other assorted love songs", ao lado de outra virtuose, o guitarrista Duane Allman, dos Allman Brothers. Nos créditos, mais um disfarce: Derek and The Dominos.

- Esse disco é o máximo, um dos meus prediletos em todos os tempos - diz o músico Max de Castro.

Da posterior carreira solo, tão rica quando irregular, destaca-se "461 Ocean Boulevard", de 1976, no qual Clapton gravou "I shot the sheriff", do então pouco conhecido Bob Marley.

- Eu me arrisco a dizer que gosto mais da versão do Eric Clapton do que da do Bob Marley - garante o músico e compositor Max Vianna.

São marcos também o disco ao vivo "Just another night" (de 1980) e o acústico "Unplugged" (1992), no qual tentou, com "Tears in heaven", superar a dor da perda do filho Conor, que morreu após cair de um prédio de 53 andares em Nova York.

- Eu tentava tocar esse disco todinho quando estava no colégio - lembra Davi Moraes. - Acho o Clapton fantástico,um guitarrista elegante, de poucas notas, que toca mais do que muito exibicionista por aí. Não perco esse show por nada.
fonte: oglobo

domingo, 9 de outubro de 2011

Cultura e pobreza


Não se pensa de barriga vazia.

Não se formulam idéias e práticas, quando não há comida em casa, quando se vive sem saneamento básico, quando a sua saúde escorre pelo ralo.

Assim não se pode ser instruído enquanto se sobrevive, se vegeta e se carrega a imensa responsabilidade de educar.

Tanto um quanto o outro necessitam de alimento. O educando e o educador. Alimento, no mais amplo sentido da palavra, alimento de feijão com arroz, mas também acalento e tranqüilidade. Aquela dorzinha de dente que tem de ser tratada, aquela dorzinha febril da quase miséria derivada. Educar não se restringe a lecionar conteúdos, mas também a servir-se de instrumentos para atravessar continentes.

Morar, comer, sentir-se seguro, respirar perfume no lugar de odores decorrentes do esgoto a céu aberto, aliviar a dor no lugar de sobrecarregar-se e humilhar-se em filas, cuidar e ser cuidado no lugar de enxotado pelo desemprego. Tudo isso, e muito mais, formam um único pacote que a educação procura equacionar, mas que não pode ainda fazer milagres.

A pobreza destrói o cidadão mais rápido do que se pode conjugar o verbo viver.

E onde fica a cultura nisso tudo?

Existe pobreza na cultura e cultura na pobreza. É verdade. Cultura pobre é aquela que não se dá ao respeito, não dignifica os seres em si mesmos. Viaja, promíscua, entre paraísos fiscais onde é melhor acolhida, como produto simplório e superficial que é, do que nos paraísos reais, onde tem que aprender a partilhar.

Há muito já tratava Marx da mais valia. Não se recompensa o trabalho mas apenas se protege a integridade física do trabalhador. Não que esta preocupe os donos dos meios de produção, apenas se almeja que o trabalhador retorne no dia seguinte à lida. O trabalho é ,portanto, bem menor e insignificante, para aqueles que se servem da cultura pobre.

Hoje ainda cobram as elites, do estado, mais segurança do que o combate à fome, sob todas as suas perspectivas, desde a desnutrição física até a fome moral.

É bem verdade que resistem bravamente os cidadãos empregados pois sabem e convivem com a miséria do desemprego a um palmo e , não raro, sob o mesmo teto.

A cultura pobre evidencia apenas uma prática já tão reiterada que defini-la tornou-se desnecessário. Seus produtos encontram-se em tudo que respira cultura. Basta olhar ao redor nos semáforos, embaixo das poucas árvores que nos sobraram e imersos nos olhos quietos sob os viadutos. São concertos de uma orquestra que toca há séculos e que jamais mudou o tom.

A cultura dos pobres, ou seja, resultante deste outro lado, o percentual numérico maior e menos favorecido pela cultura pobre, é construída a partir da procura interminável e do desamparo silencioso.

A cultura proveniente da pobreza é, paradoxalmente, uma cultura mais rica. Intrinsecamente a cultura advinda do “esquecimento social” é cultura de ricos. Há riqueza, não nas suas engenhosidades lucrativas e astúcia monetária, mas no aprendizado. Transmite-se e se difunde costumes, com criatividade, sem a intervenção de veículos de mídia, mas através do mais importante dos mediadores: a solidariedade.

Por meio de tradições que nos enriquecem, almejamos e promovemos o enriquecimento dos demais. Aqueles que estão à nossa volta não são meros pares de braços e pernas, são construções sócio-culturais como nós. Uma vez necessitados, é mister ajudá-los.

Pensando desta forma , expandimos nossa riqueza cultural além dos limites de uma cultura pobre que tende a impor barreiras e óbices.

Observando , entretanto, a cultura proveniente da pobreza, chegamos à conclusão que esta encontra-se cerceada pelas imposições dos laços anacrônicos de dominação. Há, em verdade, uma cooptação, induzida pela cultura pobre, de individualidades e construções culturais para o mundinho seleto das facilidades. A cultura pobre, por meio de mecanismos apelativos, intimidativos e monopolizadores, freia a própria consolidação de uma cultura estruturada a partir de um olhar mais próximo do real.

Desta forma, quando temos, ilustrativamente, manifestações populares como blocos e folguedos que ameaçam ganhar espaço pela sua própria sinergia com as massas, são imediatamente encampadas pelas elites. A defesa da cultura pobre é tornar-se mecenas de uma cultura desfavorecida antes que ela tome corpo e ande com as próprias pernas.

É importante desvincularmos a cultura pobre da cultura que tem sua gênese na ausência de recursos e meios. Esta última possui força, engajamento e participação na realidade. Não se alimenta do esforço alheio nem se locupleta da ausência de escrúpulos. É cultura que se impõe pela necessidade, mas também pela qualidade. É cultura que distribui no lugar de acumular.

A miséria primeiro se instaura nos corpos abatidos pelo cansaço, pelo descaso e pelo sofrimento, porém, apenas se permitirmos ela alcançará o nosso espírito. E o espírito de um povo são os seus vínculos culturais. Os sinais de vida que a cultura pobre se presta a mortificar.

A cultura dos pobres é anônima. A cultura pobre é anêmica.
Marcos André Carvalho Lins

Ferreira Gullar

Ferreira Gullar




Bio-bibliografia

Nascido em São Luís do Maranhão, em 1930, o poeta Ferreira Gullar — no cartório, José Ribamar Ferreira — estreou em poesia em 1949 com o livro Um Pouco Acima do Chão. Em 1951 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar como jornalista.

As experimentações gráficas contidas em seu livro A Luta Corporal (1954) motivaram sua aproximação com os poetas paulistas Décio Pignatari e os irmãos Augusto e Haroldo de Campos, que lançariam mais tarde o movimento da poesia concreta (1956). Inicialmente, Gullar participou do movimento, mas afastou-se em 1959 para criar o grupo neoconcretista.

No início dos anos 60, o poeta dedica sua poesia mais a temas sociais e ao engajamento político. Como frutos dessa virada, ele escreve os poemas de cordel João Boa-Morte, Cabra Marcado para Morrer e Quem Matou Aparecida?. Em 1964, ele filia-se ao Partido Comunista Brasileiro. Em 1971, com o recrudescimento da ditadura militar, partiu para o exílio (Rússia, Chile e Argentina), de onde retornou em 1977. Na Argentina, Ferreira Gullar escreveu o Poema Sujo, livro lançado em 1976, com o poeta ainda no exílio.

Na opinião de alguns críticos, Ferreira Gullar é atualmente uma das vozes mais expressivas da poesia brasileira. Um traço forte da obra desse maranhense-carioca é a alta taxa de vida imediata que se pode encontrar em seus versos. E, claro, não me refiro ao trabalho mais marcadamente engajado. Falo de poemas como "Meu Pai" e, a rigor, de toda a seleção apresentada aqui.

As modulações variam. Vão desde a suavidade nostálgica e ingênua de "Cantiga para não Morrer" até as reflexões maduras contidas em "Aprendizado" e em "Os Mortos". No conhecido poema "Traduzir-se", o poeta se define: "Uma parte de mim / é só vertigem: / outra parte, / linguagem."

No caso de Ferreira Gullar, a linguagem vai além do horizonte das palavras, pois o poeta é também crítico de arte e pinta quadros, faz desenhos e colagens. É o que ele chama de seu "lado B". Alguns de seus trabalhos nessa área podem ser vistos em seu site oficial: http://portalliteral.terra.com.br/ferreira_gullar/

sábado, 8 de outubro de 2011

Ferreira Gullar

Meu pai


meu pai foi
ao Rio se tratar de
um câncer (que
o mataria) mas
perdeu os óculos
na viagem

quando lhe levei
os óculos novos
comprados na Ótica
Fluminense ele
examinou o estojo com
o nome da loja dobrou
a nota de compra guardou-a
no bolso e falou:
quero ver
agora qual é o
sacana que vai dizer
que eu nunca estive
no Rio de Janeiro


De Muitas Vozes (1999)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Santa Sexta-feira: música no Corredor Cultural do Charitas, no Teatro Municipal com Jorge Villas, no Portinho Boêmio, no 90º e no Boulevard Canal. É só escolher e se divertir!













...Temporada Musical no Corredor Cultural do Charitas até o dia 28 de outubro

Outubro

Dia 7 – Macaco Bong: O jovem power trio de Mato Grosso, formado por Bruno Kayapy (guitarra), Ynaiã Benthroldo (bateria) e Ney Hugo (baixo), é, na atualidade, o grupo instrumental mais famoso do Brasil. Em 2010 se apresentarou no palco principal do SWU e já recebeu críticas positivas da revista Rolling Stone. O grupo vem de Cuiabá a Cabo frio apresentar o show de seu novo cd "Verdão e Verdinho", lançado em setembro.

Dia 14 – Barulhista: Davidson Soares, mais conhecido como G.A. Barulhista, utiliza os ruídos como matéria-prima para uma interessante mistura de sons do cotidiano com elementos eletrônicos e de bateria. Nos shows, o músico vindo de Contagem (MG) reserva um espaço para compor uma música instantânea integrando o público. Agrega a seu trabalho uma estética pós-modernista de artistas como John Cage e Stock-Hausen.

Dia 21 – Felipe Além: Também conhecido como Don Cabana, Felipe Além é um MC do Rio de Janeiro e um dos fundadores do selo musical Faixa de Gazah. Aos 9 anos de idade se mudou para os E.U.A com seus pais e na adolescência começou a atuar na cena do hip hop participando de batalhas e das mixtapes locais de Massachusetts. Hoje com 25 anos, Felipe Além está lançando seu primeiro álbum ‘O Documentário de um Anti Herói’.

Dia 28 – Ramona Rocks: O quarteto de Cabo Frio formado por Tai Cernicchiaro (vocal), Ben-hur Zogbi (baixo), Carlos Lopes (guitarra) e João Marcos (bateria) traz influências de rock, pop e música eletrônica. Estão na gravação de seu primeiro ep e é uma ótima pedida para um som de balada. Influências de Katy Perry e Rihanna também estão presentes.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Escritor Ferreira Gullar e professor Pasquale abrilhantam a 7ª Festa Portuguesa em Cabo Frio, nas Tardes Literárias.


Principais Atrações

Dia 11 de outubro (terça-feira)
Teatro Municipal – 20 horas – Entrega da Comenda “Feitoria do Brasil”
Boulevard Canal
20h30min - Atração Portuguesa – Os Navegantes
22h - Atração Cabo Frio – Jefferson Arantes e Karina Pontes (Banda Onda Livre)
23h - Atração Nacional – João Sabiá
Dia 12 (quarta-feira)
Museu de Arte Religiosa e Tradicional (antigo Convento de Nossa Senhora dos Anjos) – 17 horas – Abertura da Exposição “Santo Antônio Erudito e Popular”
Charitas – 18 horas – Tardes Literárias - Escritor Ferreira Gullar – Tema “A Poesia de Ferreira Gullar”
Boulevard Canal
20h30min - Atração Portuguesa – Regresso Show
22h - Atração Cabo Frio – Paulinho KZ
23h - Atração Nacional – Reizilan (Neto do Cartola)
Dia 13 (quinta-feira)
Charitas – 18 horas – Tardes Literárias - Jornalista Luiz Costa Pereira Júnior e Professor Pasquale - Tema “Uma Prosa sobre a nossa Língua”
Boulevard Canal
20h30min - Atração Portuguesa – Amigos do Alto Minho
22h - Atração Banda Cabo Frio – Fredy Araújo e Banda Papagaios do Futuro
23h - Atração Banda Nacional – Gilberto e seus Caetanos
Dia 14 (sexta-feira)
Charitas – 17h30min– Tardes Literárias - Escritora Ângela Dutra de Menezes - Tema “Romance Histórico”
Boulevard Canal
20h30min - Atração Portuguesa – Mario Simões
22h - Atração Banda Cabo Frio – Carlinhos Borges
23h - Atração Banda Nacional – Daniel Gonzaga
Dia 15 (sábado)
Boulevard Canal
20h30min - Atração Portuguesa – Típicos da Beira
22h - Atração Banda Cabo Frio – Three Dance
23h - Atração Nacional – Sururu na Roda
Dia 16 (domingo)
Boulevard Canal
20h30min - Atração Cabo Frio – Vinícius Santa Rosa
22h - Atração Cabo Frio - Sandro Guimarães Quartet
23h - Atração Cabo Frio – Banda Tropical

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Jorge Villas, a " lenda", se apresenta no Teatro Municipal de Cabo Frio, no dia 7, às 21 horas. Música de qualidade.

7ª Festa Portuguesa tem Daniel Gonzaga como atração musical. Daniel é filho do saudoso Gonzaguinha. Imperdível

Programação
Dia 11/10/11 (Terça-Feira)

Banda Portuguesa – Os Navegantes
Banda Cabo Frio – Jefferson Arantes e Karina Pontes (Banda Onda Livre)
Banda Nacional – João Sávia

Dia 12/10/11 (Quarta-Feira)

Banda Portuguesa – Roberto Gomes
Banda Cabo Frio – Paulinho KZ
Banda Nacional – Reizilan (Neto do Cartola)

Dia 13/10/11 (Quinta-Feira)

Banda Portuguesa – Amigos do Alto Minho
Banda Cabo Frio – Sandro Guimarães Quartet
Banda Nacional – Os Caetanos

Dia 14/10/11 (Sexta-Feira)

Banda Portuguesa – Mario Simões
Banda Cabo Frio – Carlinhos Borges
Banda Nacional – Daniel Gonzaga

Dia 15/10/11 (Sábado)

Banda Portuguesa – Típicos da Beira
Banda Cabo Frio – Three Dance
Banda Nacional – Sururu na Roda

Dia 16/10/11 (Domingo)

Banda Cabo Frio – Vinícius Santa Rosa
Banda Cabo Frio - Fredy Araújo e Banda Papagaios do Futuro
Banda Cabo Frio – Banda Tropical



DURANTE TODOS OS DIAS (De 11 a 16 de Outubro):

- Vila Portuguesa
- Feira de Artesanato
- Exposição de Artes Plásticas