Gato suicidaNa época em que estava preparando a música O Pato, João perdeu Gato, bichano que adorava. Dizem as más línguas que o felino se jogou da janela do edifício porque não aguentava mais ouvir O Pato na voz do dono. Na verdade, o gatinho resolveu dormir na janela sem redes do apartamento do 10º andar e, numa espreguiçada, escorregou para a morte.
DespejoJoão Gilberto está na iminência de ser despejado do apartamento alugado por ele no Leblon, há 15 anos, e pelo qual paga regularmente R$ 8 mil, por pura excentricidade. Isso porque ele se recusa a deixar profissionais contratados pela proprietária realizarem serviços de reparo no imóvel.
TelefoneEle também adora falar ao telefone. Liga nas horas mais impróprias, é verdade, mas distrai seu interlocutor com opiniões muito bem pensadas sobre assuntos diferentes, como política, religião, esporte e cultura. Quando sente fome, não vê problema em pedir licença para fazer uma boquinha. Mas, fica magoadíssimo se, ao voltar, a pessoa tiver desligado.
AndarilhoHoje, João Gilberto nunca sai de casa. E nem deixa ninguém entrar, se não estiver na disposição de receber visitas - nem mesmo a faxineira pode vir se ele não chamar. Mas, houve uma época em que ele saía
de madrugada para ver o Rio de Janeiro. Se tivesse a companhia de algum amigo, melhor. Saíam por volta de 1h, perambulavam pelos locais preferidos dele, como a Praia da Guaratiba, e, no final, já de manhãzinha, tomava o mingau de uma vendedora conhecida.
Manual de baianoSempre que está em Nova York e encontra algum baiano conhecido, João Gilberto gosta de passar tempo com ele. E, nessas ocasiões, costuma orientá-los sobre como baianos devem se comportar no estrangeiro. Paulinho Boca de Cantor, ex-Novos Baianos, lembra bem: falar alto, gargalhar e espirrar de forma espalhafatosa, nem pensar.
Garrafa térmicaJoão Gilberto adora café-com-leite e toma mais de 20 xícaras por dia. O músico Tuzé de Abreu diz que, numa das temporadas em que passou com o amigo no Japão, João pedia para trocar as garrafas térmicas toda vez que sentia que a bebida não estava fresca.
Generoso Paulinho Boca lembra de um caso que ilustra bem a fama de generoso de João Gilberto. Certa vez, soube que um músico conhecido estava passando por dificuldade financeira. Pediu que o rapaz fosse visitá-lo no hotel e recomendou que levasse um saco grande, que encheu com uma soma de dinheiro vivo.
CoposDizem que João Gilberto não gosta de lavar pratos porque tem medo de cortar as mãos caso a louça quebre. Quando a coisa fica difícil, pede a uma das raras visitas para lavá-los.
Cana Um dos casos mais curiosos é o que envolve João e os Novos Baianos. Dizem que, numa noite de drogas é música no apartamento que o grupo tinha no Rio, bateu na porta um homem de terno. Como medo da polícia, começaram a esconder as ‘coisas’ quando ouviram o visitante se indentificar como João Gilberto. “Isso é mentira, não foi ele. Era um amigo nosso de São Paulo, que apareceu todo engravatado e a gente pensou que era cana”, conta Paulinho Boca de Cantor.
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